quinta-feira, 9 de maio de 2013

A caminho de uma ditadura fundamentalista.

Bom, em tempos difíceis sempre me vem a cabeça um ditado que diz assim: "em terra de cego quem tem olho é rei".

Ave César! Hai Hitler!
Fico vendo a situação política do país no que diz respeito ao trato das questões sociais, e sempre me lembro do que uma amiga me disse, numa dessas conversas de mesa de bar, que "apesar de neoliberal o único presidente que efetivamente aprovou programas de longo prazo para resolução e afirmação de direitos sociais foi FHC", muitos de nós descordarmos disso, mas essa é uma frase que em tempos de "Feliciano" nos faz pensar. Não sou especialista em ciências políticas ou em história do PT ou das trajetórias dos partidos políticos no Brasil, mas observo o crescimento que o partido presidencial tem tido nos últimos 20 anos e suas alianças. E resumo essa caminhada, de maneira leiga, em PODER.

Poder para frear a autonomia dos três poderes, do ministério público e das pessoas.


São todos tão brancos
 
Primeiro aquela coisa lá super esdruxula do senado vetar as decisões do supremo, depois Feliciano com suas declarações toscas, a respeito dos gays, de artistas, mulheres e negros. E agora essa de proibir o ministério público de investigar denuncias e escândalos. Isso, sem mencionar a criação de programas sociais assistencialistas que soam como mecanismos de controle social através da manutenção da dependência financeira no partido, do que como "esmolas" sociais como algum tempo atrás até eu reproduzia.

O que vejo no fim do túnel: estamos rumando para uma ditadura fundamentalista, na qual nossos ayatolas serão os inúmeros pastores evangélicos e moralistas conservadores da sociedade, ávidos em nos disciplinar para garantir sua permanência nos mecanismos de controle e exercício do poder.

Só na Bahia temos os indicies campeões da ignorância (pensar essa palavra em seu sentido lato) do povo, não tenho como mensurar essas ideias no país todo, penso nas declarações que vou vendo e ouvindo pela TV e internet sobre os rumos do país.

Querem agora a redução da maioridade penal, mas nossa "burra" classe média, tem em foco apenas os filhos pretos da favela, uma vez que seus filhos "são crianças e estevam apenas brincando". Lutam e protestam para destituir os nossos algozes só nas redes sociais, até porque enfrentamento com a policia para lutar pelo exercício pleno da cidadania efetiva de todos os cidadãos é utopia de comunista ultrapassado e parado no tempo.

Com isso tudo, começo a me preocupar com meus direitos individuais, pois vejo que se colocarem uma Auschwitz em nosso lindo país, sede da copa das confederações e copa do mundo e olimpíadas, ao contrário de Hitler que precisou de uma estrutura institucional, aqui só precisará do pão e circo e dos que renegaram o nome do senhor de maneira arbitrária, para aceita-lo em nome do livre arbítrio. Eu fatalmente integrarei o segundo grupo. Uma vez que em nome do Senhor, me recuso a matar as pessoas, seja psicológica ou efetivamente.

Simone dos Santos Borges